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Proteção da biodiversidade amazônica pode alimentar 4ª revolução industrial, diz estudo

A floresta amazônica guarda as chaves biológicas para iniciar uma quarta revolução industrial se a sua biodiversidade for protegida, afirmou um estudo publicado nesta sexta-feira.
Novas tecnologias digitais como impressão 3D e computação quântica criam o potencial para que as plantas únicas da Amazônia conduzam a avanços importantes na medicina e na engenharia, afirmou um estudo de cientistas brasileiros.
“Promovendo os vastos bens da biodiversidade e da biomimética da Amazônia podemos aspirar desenvolver inovações revolucionárias em campos diversos”, afirmou Juan Carlos Castilla-Rubio, um dos autores do estudo e presidente da Space Time Ventures, uma empresa de tecnologia brasileira.
“Por exemplo, uma duradora espuma produzida por uma espécie de sapo tem inspirado a criação de novas tecnologias para capturar dióxido de carbono da atmosfera.”
Plantas amazônicas também poderiam levar a descobertas em relação a antissépticos, cremes contra rugas, remédios ginecológicos e drogas anti-inflamatórias, se elas forem combinadas com novas tecnologias, afirmou o estudo publicado no periódico Proceedings of the National Academy of Sciences.
O desmatamento e as mudanças climáticas estão ameaçando tornar a maior floresta tropical do mundo numa savana seca, destruindo o potencial biológico, declarou o estudo.
Se mais de 40 por cento da floresta for arrancada, o processo resultante de savanização poderia se tornar irreversível, segundo o estudo.
Atualmente cerca de 20 por cento da floresta da bacia amazônica foi cortada, afirmou Catilla-Rubio.
“Se as coisas continuarem como estão, a Amazônia vai se transformar em savana. Isso tem enormes consequências”, afirmou ele à Fundação Thomson Reuters.
O Brasil reduziu o índice de desmatamento ilegal em quase 80 por cento na última década, de acordo com o estudo, o que mostra que ainda há tempo de impedir que a floresta se torne uma savana.
A proteção dos direitos indígenas à terra, o combate às mudanças climáticas e a concessão dos incentivos corretos para que empresas deixem de extrair os recursos naturais são cruciais para reduzir ainda mais o desmatamento, disse Castilla-Rubio.
Fonte: Reuters

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