Localizada entre os municípios de Cacoal e Espigão d’Oeste, em Rondônia, a Terra Indígena Sete de Setembro tem aproximadamente 248 mil hectares e cerca de 1,3 mil habitantes. Há aproximadamente 30 anos, a área sofre com a extração ilegal de madeira, o que tem gerado sérios problemas ambientais e socioculturais. Estes também são fatores que atuam nas mudanças climáticas e contribuem para a redução da biodiversidade.
Na contramão do desenvolvimento irresponsável e sempre lutando pelo meio ambiente, a Kanindé realiza em parceria com a Associação Metareilá do povo Paiter Suruí um curso para viveiristas indígenas que acontece desde 2014. A atividade mais recente foi na aldeia Lapetanha nos dias 15 e 16 de setembro.
Os indígenas colocaram a mão na massa e buscam reflorestar as áreas degradadas com espécies nativas e frutíferas. Até dezembro deste ano, a expectativa da Metareilá é que cerca de 50 mil novas mudas sejam produzidas no local. Vale ressaltar que desde 2003 o povo Paiter Suruí luta para recuperar a floresta. A engenheira florestal Selma Brotto acompanha das atividades do viveiro na Lapetanha e além de orientar as técnicas a serem utilizadas, vai conduzir o projeto até o final, quando será feito o plantio das mudas.
A atividade conta também com o apoio da Fundação Moore e da Ordens Vänner (Amigos da Terra – Suécia).