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Almir Suruí retorna dos Estados Unidos

De volta de uma longa viagem em que esteve nos Estados Unidos, o líder indígena Almir Suruí fez um balanço de sua estadia fora do País. Falou sobre a questão da venda de créditos de carbono – que depende de estudos para liberação por parte do governo Federal, sustentabilidade dos povos suruís e projetos em tecnologia. A visita que fez a presidente Dilma Rousseff no mês de outubro teve um saldo pra lá de positivo. Segundo ele, o governo brasileiro entende e é sensível a causa indígena e tem conhecimento o impasse provocado pela extração ilegal de madeira em terras indígenas.

Almir disse também que a liberação da venda de créditos de carbono por parte dos povos suruís, por meio do projeto inédito ‘Carbono suruí’, está em fase avançada. “Estamos firmando parceria com a empresa Natura para venda de créditos de carbono, pelo sequestro de carbono promovido dentro da terra 7 de setembro”, disse.

O indigena enalteceu a iniciativa da Advocacia Geral da União (AGU) que pediu recentemente a anulação de contrato firmado ilegalmente entre indígenas e a empresa Celestial Green Ventures PLC e a Associação Indígena Awo “Xo” Hwara. “Esta empresa já tentou fazer isso não só em Rondônia, mas também em outros Estados da Amazônia”, disse.Observando que algumas empresas sérias, que pretendem investir na sustentabilidade na Amazônia podem e devem fazer acordos neste sentido – mas sempre dentro da legalidade.

Tecnologia

Quanto ao uso da tecnologia para implantação de projetos de sustentabilidade e visibilidade dos suruís – principalmente o desenvolvimento pela multinacional Google – disse que está em fase avançada. Ressaltou que cerca de 40 jovens suruís passaram por capacitação junto a técnicos da empresa, vindos dos Estados Unidos em maio deste ano. Agora poderão incluir informações do mapa etnocultural dos suruís na Internet, por meio do aplicativo ‘Google Earth’.

Biografia

O líder indígena terá sua biografia lançada em março de 2013. O livro foi escrito por um jornalista americano, amigo do líder, foi um projeto desenvolvido ao longo de vários anos de conversas e entrevistas. Aos 38 anos ele sabe que ainda é jovem demais para ter uma biografia escrita, mas devido a grande repercussão e sucesso das iniciativas tidas em prol dos povos indígenas suruís. Possivelmente será publicado em língua portuguesa.

Fonte URL: http://diariodaamazonia.com.br/almir-surui-retorna-dos-estados-unidos/

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